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• 2024-06-30 07:13:09

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Na quarta-feira, o Federal Reserve adotou um tom positivo sobre a economia, abrindo caminho para reduzir suas compras mensais de títulos “em breve” e sinalizando que aumentos de juros podem se seguir mais rapidamente que o esperado.

O mercado de juros dos EUA precificou totalmente um aumento da taxa básica até janeiro de 2023 após a declaração, adiantando os aumentos projetados para os juros em um mês.

Chair do Federal Reserve, Jerome Powell. 28/8/2015. REUTERS/Jonathan CrosbyO presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, fez uma declaração após as decisões do Fed serem divulgadas nesta quarta-feira (22). Em reunião realizada pelas autoridades do banco central norte-americano, a taxa de juros nos Estados Unidos foi mantida entre zero e 0,25%.

A estimativa de inflação acima da meta central para 2022 –mesmo com uma Selic prevista em 8,25% neste ano e em 8,50% no ano que vem– chamou atenção do mercado e levou alguns analistas a revisar projeções para cima. O UBS BB elevou a 9,25%, de 8,5%, o prognóstico para os juros em 2022.

Os preços do minério de ferro também estão sendo pressionados pelos riscos apresentados no mercado imobiliário na China, maior produtora de aço do mundo, com a crise da dívida do Grupo Evergrande.

A SPE manteve projeção de crescimento de 5,3% em 2021 e de 2,5% em 2022 feita na semana passada.

Os investidores também ficavam à espera das decisões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil, que serão anunciadas mais tarde nesta “super quarta”.

A maioria das fontes concorda que a inflação mais alta ajuda a justificar o fim do programa de compras, no valor de 1,85 trilhão de euros, em março, conforme previsto, embora o debate ainda esteja começando.

Confira os destaques desta quarta:“Concluir tapering no próximo ano pode ser apropriado”, declara Jerome Powell

O Ibovespa opera em alta, nesta quinta-feira (23), após aumento da Selic de 5,25% ao ano para 6,25% ao ano, decisão que já era esperada pelo mercado, e seguindo o exterior mais voltado ao risco, após decisão do Fed ontem. Há também menor tensão com os assuntos da China.

O banco central da Turquia cortou inesperadamente sua taxa de juros em 1 ponto percentual nesta quinta-feira, para 18%, adotando o estímulo há tempos pedido pelo presidente Tayyip Erdogan apesar da inflação alta, e levando a lira a uma mínima recorde.

Segundo as projeções da Broadcast de 51 instituições, 44 preveem aumento da Selic em 1 ponto percentual, de 5,25% para 6,25%.

Na quarta-feira, o Federal Reserve adotou um tom positivo sobre a economia, abrindo caminho para reduzir suas compras mensais de títulos “em breve” e sinalizando que aumentos de juros podem se seguir mais rapidamente que o esperado.

Por fim, esta semana, veio o anúncio do acordo militar entre EUA, Reino Unido e Austrália, que fez a França perder um contrato de US$ 66 bilhões – além do orgulho ferido por ver os australianos formando uma panelinha entre os três países anglo-saxões. O chanceler francês, Jean-Yves Le Drian, disse que a decisão era uma “punhalada pelas costas”.